Estimular a criatividade

Se tivesse de indicar apenas um vídeo que todos os professores deviam ver, seria este. Uma conferência de Ken Robinson num evento da TEDTalks em 2006.


Algumas citações:

Quem não está preparado para estar errado, nunca terá uma ideia original. A maior parte das crianças já perdeu esta capacidade quando chega à idade adulta.  Passam a ter medo de estar errados. E gerimos assim as nossas empresas. Estigmatizamos os erros. Temos um sistema educativo em que os erros são a pior coisa que se pode fazer. O resultado é que estamos a educar as pessoas afastando-as das suas capacidades criativas.

A verdade é que, conforme as crianças vão crescendo, as vamos educando progressivamente da cintura para cima. Depois concentramo-nos apenas na cabeça. E ligeiramente mais num dos lados.

Se um alien olhasse para a educação, teria de concluir que o propósito da mesma é produzir professores universitários. E eu gosto de professores universitários, mas não devíamos tomá-los como a medida maior de sucesso humano. Eles são só mais uma forma de vida.

Antes do séc. XIX, não existiam sistemas públicos de educação. Por todo o mundo, eles foram criados para ir de encontro às necessidades da industrialização.

Nos próximos 30 anos, de acordo com a UNESCO, haverá em todo o mundo mais licenciados do que desde o início da história. E isso é a combinação de todas as coisas de que falámos: a tecnologia e o seu efeito transformador no trabalho, a demografia e o enorme crescimento da população. De repente, os cursos não valem nada. Quando eu era estudante, se tivesse uma licenciatura, tinha um emprego. Mas agora os jovens licenciados vão muitas vezes para casa continuar a jogar videojogos, porque é preciso um mestrado onde antes se exigia uma licenciatura, e onde era preciso um mestrado agora é preciso um doutoramento. É um processo de inflação académica. E isso indica que toda a estrutura da educação está a mudar debaixo dos nossos pés. Precisamos de repensar radicalmente a nossa visão da inteligência.